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19/04/2024

BEBÊ MORTO

Médicos do HB agem dentro das normas obstétricas brasileiras

21 de janeiro de 2015 | Governo do Estado de Rondônia

Rodrigo Bastos (C) afirma que médicos agiram dentro dos padrões da Febrasgo

Rodrigo Bastos (C): “Médicos agiram dentro dos padrões da Federação de Obstetrícia”

Toda a equipe técnica do Hospital de Base Ary Pinheiro (HB) – referência em Rondônia no tratamento de alta complexidade – agiu dentro das normas médicas previstas pela legislação em vigor, no caso da parturiente que ficou dois dias com o bebê morto em seu útero.

A afirmação é do diretor técnico do Hospital de Base, Rodrigo Bastos. Em relatório entregue nesta quarta-feira, 20, a Assessoria Técnica (Astec) informou que todos os procedimentos possíveis foram realizados para tentar manter a vida da criança e da mãe.

Segundo o relatório, a paciente deu entrada no HB dia 14. Ela foi transferida da maternidade municipal Mãe Esperança. Em exames iniciais, foi constatado que seu quadro clínico era grave, com picos de hipertensão arterial (pressão alta) e com taxa de glicemia alterada, portanto, com diabetes. Ela também tinha histórico de pré-natal incompleto, com apenas três consultas, segundo documento entregue à equipe médica do HB.

De acordo com o relatório, a paciente foi submetida a diversos exames e teve o acompanhamento de dois endocrinologistas, para ser estabilizada a diabetes e pressão arterial.

Normas da Febrasgo

Ao contrário do que alguns meios comunicação da Capital informaram, a equipe médica do Hospital de Base agiu corretamente.

Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), em caso do bebê morrer no útero da mãe que tenha um quadro alterado de diabetes e pressão arterial, deve ser induzido o parto natural para que o feto seja expulso naturalmente.

Em caso de morte no útero, intervenção cirúrgica só quando mãe correr risco

Morte no útero:  intervenção cirúrgica só ocorre quando a  mãe corre risco

O diretor técnico do HB, Rodrigo Bastos, disse que este é o procedimento padrão em casos de morte dentro do útero. “Existem protocolos médicos adotados em qualquer hospital do Brasil. Para gravidez que termina em óbito dentro do útero, a conduta é essa”, informou o médico.

Um ginecologista ouvido pela reportagem afirma que a maternidade do HB agiu corretamente. “O tempo de dois dias está dentro do esperado, poderia ter demorado até mais”, informa a fonte, que preferiu não ser identificada. Bastos explica ainda que a indicação para morte no útero é que seja induzido o parto normal, já que tem menos risco de infecção.

“A conduta é estimular e acompanhar, através de exames de sangue para ver se tem alguma infecção na mãe. Verificar se têm fatores de coagulação, e observar o ritmo das contrações uterinas”, disse o médico.

Para o diretor, a preocupação dos familiares é normal, mas é importante lembrar que o organismo da mãe vai se preparando para eliminar o feto. “Os critérios são as condições da mãe, se não apresenta infecção ou algo grave”. Ele explica que procedimentos mais radicais só devem ser realizados em situações extremas, quando apresenta algum risco para a mãe.

COMO É NO BRASIL

❶ No Brasil ocorrem por ano pelo menos 29 mil casos desse tipo Dados do Datasus referentes a 2006).

❷ Isso significa que, a cada 101 bebês que nascem vivos, um nasce morto.

❸ Quando a criança morre dentro da barriga, ou durante o parto, depois da 20ª semana de gravidez, ela é considerada oficialmente natimorta, termo que pode soar um pouco chocante.

❹ Segundo a legislação, é “natimorto” o bebê que não tiver batimentos cardíacos ao nascer.


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Fonte
Texto: Zacarias Pena Verde
Fotos: Ítalo Ricardo
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Assistência Social, Governo, Inclusão Social, Legislação, Rondônia, Saúde


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