Governo de Rondônia
26/04/2024

RIQUEZA MINERAL

Estanho rende mais de R$ 6 milhões em royalties a Rondônia

15 de abril de 2015 | Governo do Estado de Rondônia

Rondônia ultrapassa produção de 10 mil toneladas/ano de cassiterita

Rondônia ultrapassa produção de 10 mil toneladas/ano de cassiterita

O Estado de Rondônia recebeu no ano passado R$ 6,19 milhões de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), correspondente à exploração de cassiterita (minério de estanho). Julho foi o melhor mês, com R$ 738,5 mil.

Para o secretário estadual de finanças Wagner Garcia de Souza, esse montante é inferior ao desejado, porém, na somatória com outras receitas de royalties contribui para o fortalecimento da economia. “O governo vem promovendo um trabalho conjunto com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), visando aumentar e fiscalizar melhor a arrecadação de ICMS e de royalties minerais; estamos bem adiantados”, disse o secretário.

Segundo Wagner Souza, isso será possível com o cruzamento de dados, a exemplo do Secretaria de Receita Federal. Os maiores beneficiários, explicou, serão os setores educacional e de saúde, “metas maiores do governador Confúcio Moura”.

Em três anos a produção desse minério cresceu de 9,92 mil toneladas, em 2011, para 10,93 mil ton em 2012 e 10,12 mil ton em 2013. O volume de 2014 será computado no decorrer do primeiro semestre de 2015, informou o economista Antônio Teotônio de Souza Neto, da Superintendência Estadual do DNPM.

A produção nacional de concentrado de estanho (em metal contido) em 2013 foi de 16.830 t, com alta de 23% em relação a 2012. Amazonas e Rondônia se destacam, respectivamente com 63% e 26% da produção nacional. Mato Grosso e Pará são outros estados produtores.

Secretário de Finanças,  Wagner

Secretário de Finanças, Wagner Garcia

Em Rondônia, a cassiterita ocorre com maior frequência nos municípios de Ariquemes, Campo Novo, Itapuã do Oeste, Monte Negro e Rio Crespo [Bom Futuro, Santa Bárbara, Massangana e Cachoeirinha]. Entre o final dos anos 1960 e os anos 1980, os garimpos mais movimentados localizavam-se nos setores Alto Candeias, Massangana, Cachoeirinha, Igarapé Preto, São Francisco, FAG-2 e Ribeirão do Riachuelo. Áreas menos movimentadas: São Lourenço, Macisa, Ceriumbrás e Oriente Novo.

Antigas áreas de portarias de lavra que haviam sido abandonadas por mineradoras foram ocupadas por pequenos e médios garimpeiros juntamente com empresários do garimpo. Dentre essas se destacam: Cachoeirinha, São Lourenço, Massangana e região do Alto Candeias. “Temos também boa diversidade de columbita, ouro, tantalita e wolframita (minerais metálicos); areia, argilas comuns, calcário (rochas), cascalho, diamante, quartzo, rochas (britadas), rochas ornamentais (granito e afins) e água mineral”, informa Antônio Teotônio.

Cinco empresas fundidoras funcionam no estado, todas em Ariquemes, a 200 quilômetros de Porto Velho: White Solder Metalurgia e Mineração Ltda., MeltMetais e Ligas S.A., Cooperativa Metalúrgica de Rondônia Ltda., Coopermetal, Cooperativa dos Fundidores de Cassiterita da Amazônia Ltda., CFC da Amazônia e Estanho de Rondônia S.A, todas estabelecidas antes da melhoria na oferta de energia elétrica.

Atualmente as atividades se concentram nas mãos de oito grandes produtores, que utilizam a mão de obra local no apoio de suas atividades. Títulos de lavra são concedidos às cooperativas, seja na produção de cassiterita ou de ouro no rio Madeira, explica o superintendente estadual do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Deolindo de Carvalho Neto, diante de mesas abarrotadas por aproximadamente 500 processos.

Peça produzida com estanho

Peça produzida com estanho

No garimpo Bom Futuro (Ariquemes), a lavra de rocha para britagem foi retomada com moagem em planta única. ­­Fatores de preocupação para o governo estadual: a exploração de cassiterita nessa e nas demais áreas de garimpos impactou diretamente 3,5 mil hectares da Floresta Amazônica Ocidental.

Na década de 1970, tempo de atuação de grupos multinacionais, quase toda a cassiterita destinava-se às indústrias paulistas e à Usina Siderúrgica de Volta Redonda (RJ), a mais de 2,6 mil quilômetros de Porto Velho.

O geólogo recorda que, entre os anos de 1959 e 1961, Rondônia contribuía com apenas 2,75% do estanho produzido no País. Já no biênio 1962-1964 alcançou valores médios de aproximadamente 50%. Nos cinco anos seguintes o estado seria o maior produtor brasileiro, com 96% de todo minério produzido.

Baixo ponto de fusão, resistente a corrosão e oxidação, com intensa capacidade em formar ligas com outros metais, boa aparência e não tóxica, a cassiterita serve para a fabricação de folhas de flander, aditivos para ferro fundido, revestimentos eletrolíticos, compostos químicos, tintas, fungicidas, cerâmicas e desinfetantes. Transforma-se em estanho brilhante e ainda serve à indústria de plásticos.


Leia Mais
Todas as Notícias

Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Ésio Mendes e Petra Brasilis
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Ecologia, Economia, Empresas, Governo, Indústria, Infraestrutura, Legislação, Meio Ambiente, Rondônia, Serviço, Sociedade, Tecnologia


Compartilhe


Pular para o conteúdo