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29/03/2024

REFLEXOS NO SUS

Posição de Rondônia no ranking nacional de mortes por acidentes de motocicletas preocupa gestores da saúde

29 de maio de 2015 | Governo do Estado de Rondônia

Acidentes com motos foram responsáveis pelo crescimento de 115% das internações hospitalares no SUS

Acidentes com motos foram responsáveis pelo crescimento de 115% das internações hospitalares no SUS

O secretário estadual de Saúde, Williames Pimentel, classificou como altamente preocupante o fato de Rondônia aparecer em 9º lugar no ranking nacional de mortes por acidente de motocicletas, com taxa de mortalidade de 9,8 para cada 100 mil habitantes. O estudo foi divulgado na quarta-feira (27) pelo setor de estatísticas do Ministério da Saúde (MS).

Os dados apontam que nos últimos seis anos acidentes com motos foram responsáveis pelo crescimento de 115% das internações hospitalares no Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o MS, a cada ano, cerca de 45 mil pessoas perdem a vida em acidentes de trânsito no Brasil. A violência envolvendo particularmente motociclistas está se tornando uma epidemia no País. Entre 2002 e 2012, esse número cresceu 128,4% em Rondônia. No Brasil, o índice é de 6,3 mortes por 100 mil habitantes.

Dados preliminares do Ministério da Saúde apontam que em 2013 os acidentes com motos resultaram em 12.040 óbitos no País, o que corresponde a 28% dos mortos no transporte terrestre.

Em Rondônia, foram 183 mortes, número que pode ter até triplicado, segundo estimativas de Pimentel, considerando o aumento significativo da frota de veículos em todos os municípios do Estado, em especial as motocicletas, que têm maior procura no mercado.

REFLEXOS NO SUS

Segundo o estudo divulgado pelo MS, nos últimos seis anos as internações hospitalares no Sistema Único de Saúde (SUS), envolvendo motociclistas, tiveram crescimento de 115% e o custo com o atendimento a esses pacientes foi de 170,8%. Em Rondônia, foram 1.634 internações em 2014, representando um gasto de R$ 1,5 milhão.

Diante desse cenário, o Ministério da Saúde está propondo uma série de ações intersetoriais, que deverão envolver outras esferas dos governos Federal, estaduais e municipais para a promoção de uma política específica de prevenção aos acidentes com motos.

Secretário de Saúde Williames Pimentel

Secretário de Saúde Williames Pimentel

No início da semana, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, apresentou algumas das iniciativas em discussão durante a 68ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra. “Não dá mais para não agir na dimensão preventiva dos acidentes com motos. É preciso propor novas medidas e elevar essa discussão a um problema de saúde pública. Algumas propostas em estudo são a obrigatoriedade de apresentação da habilitação no momento da compra da moto, por exemplo, e a possibilidade de financiamento do capacete como um EPI (Equipamento de Proteção Individual), possibilitando a venda do item de segurança junto do veículo”, exemplificou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Em novembro deste ano, o Brasil sediará o 2º Road Safety, Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito, com o objetivo de repactuar metas e traçar novas estratégias do governo e da sociedade para garantir a segurança da população e salvar milhões de vidas. “Uma constatação que observamos no Brasil, e que já vimos em outros lugares do mundo, é a redução do número de atropelamentos e acidentes de carro e o aumento de acidentes de motos. A moto está substituindo a bicicleta e o cavalo, e também vem sendo utilizada como um instrumento de trabalho”, observou o ministro.

NÚMEROS

Segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, o Brasil registrou 4.292 mortes por motociclistas em 2003, número 280% menor do que o registrado 10 anos depois (12.040). Parte do aumento de acidentes envolvendo motos se deve ao crescimento vertiginoso da frota no País. Entre 2003 e 2013, o número de motocicletas aumentou 247,1%, enquanto a população teve um crescimento de 11%.

De 2008 a 2013, o número de internações devido a acidentes de transporte terrestre aumentou 72,4%. Considerando apenas os acidentes envolvendo motociclistas, o índice chega a 115%. Em 2013, o SUS registrou 170.805 internações por acidentes de trânsito e R$ 231 milhões foram gastos no atendimento às vitimas. Desse total, 88.682 foram decorrentes de motos, o que gerou um custo ao SUS de R$ 114 milhões – crescimento de 170,8% em relação a 2008. Esse valor não inclui custos com reabilitação, medicação e o impacto em outras áreas da saúde.


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Fonte
Texto: Zacarias Pena Verde
Fotos: Ítalo Ricardo
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Educação, Governo, Inclusão Social, Infraestrutura, Rondônia, Saúde


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