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EDUCAÇÃO

Adolescentes realizam provão nas unidades socioeducativas de Porto Velho

16 de junho de 2016 | Governo do Estado de Rondônia

54 alunos foram inscritos para realização do provão do Ceja

54 alunos foram inscritos para realização do provão do Ceeja

Cinquenta e quatro adolescentes da Unidade Masculina Sentenciada I realizaram o provão do Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceeja) da Escola Padre Moretti. As provas com disciplinas do ensino fundamental e médio estimulam os socioeducandos a colocar em prática o que aprendem na escola dentro das unidades do Estado de Rondônia.

Duas vezes ao ano a Escola Padre Moretti fornece o provão nas unidades socioeducativas de Porto Velho, em nível de ensino fundamental 1, ensino fundamental 2 e ensino médio. De acordo com a supervisora da escola socioeducativa, Raica Fabíola, 54 adolescentes foram inscritos e realizaram a prova em dois dias.

A idade mínima para realização da prova é 15 anos para o nível fundamental e 18 anos para nível médio. Todos os adolescentes dentro do critério de idade, que estão na unidade, foram inscritos. Alguns adolescentes que foram transferidos de outras unidades também puderam participar. A correção é de responsabilidade do Padre Moretti, onde o resultado deve sair em até 30 dias.

O processo de escolarização da unidade é feito pelo sistema modular de ensino, onde os adolescentes assistem apenas duas disciplinas por período, o que facilita na preparação para o provão. Apesar da prova conter todas as disciplinas do ensino fundamental ou médio, o socioeducando consegue eliminar algumas disciplinas de acordo com a nota de aprovação. “Conta como crédito para o próximo provão”, explicou Raica. Além do Ceja, as unidades socioeducativas e prisionais recebem o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), que também influenciam na aprovação de disciplinas pendentes.

A direção da unidade acredita na priorização da educação como processo fundamental para a reinserção dos adolescentes. Com a defasagem escolar enquanto ainda estão em liberdade, muitos socioeducandos sentem dificuldade no aprendizado, sem o conhecimento necessário. “A experiência que eles têm no provão faz com que amadureçam, veem os colegas sendo aprovados e enxergam que também são capazes, desde que se esforcem . Há um despertar, percebem o quanto a escola é importante na vida deles. Têm a consciência que só passar não é suficiente, mas quer passar com conhecimento“, relatou a supervisora.

Hoje, a unidade conta com diversas atividades de reinserção além da escola, como a confecção de croché, esporte e lazer, atividades laborais e a informática, que está sendo implantada, para capacitação técnica em manutenção e curso de digitação. “Quando o adolescente tiver sua liberação, pode ter outro contexto lá fora, pode vir a entender que o estudo faz com que ele saia do crime, de atos infracionais”, disse o diretor Maurício da Costa Silva.

E.M. tem 15 anos e está há um mês e doze dias na unidade. O adolescente contou que achou a prova fácil, apesar de não estudar com frequência enquanto estava em liberdade. Ele, que morava com a avó desde o falecimento da mãe, ainda não enxerga expectativas para o futuro, mas quer continuar participando das provas.

Os resultados dos provões têm sido satisfatórios à Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), que caminha com o crescimento da ressocialização no sistema penitenciário e socioeducativo. A próxima prova do Ceja acontece em novembro, antecedendo ao Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), onde todos os adolescentes também podem participar, conforme os critérios estabelecidos.


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Fonte
Texto: Gaia Quiquiô
Fotos: Gaia Quiquiô
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Educação, Governo, Inclusão Social, Justiça, Legislação, Rondônia


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