Atleta mirim emociona a todos com atitude ética e solidária na Etapa Individual do Joer em Ji-Paraná

A escola tem um papel fundamental na construção do respeito, convivência social e ética das crianças e adolescentes, e com os Jogos Escolares de Rondônia (Joer) a situação não é diferente. Ji-Paraná foi palco da Fase Estadual dos Jogos Escolares de Rondônia (Joer) – Etapa Modalidades Individuais para os estudantes/atletas de 12 a 14 anos e de 15 a 17 anos, e a partir de agora os atletas e técnicos campeões estarão participando dos Jogos Escolares da Juventude, no período de 15 a 30 de novembro, em Blumenau (SC).

Todo evento contou com a participação de 44 municípios, 1.655 atletas, técnicos, além do comitê organizador, 52 voluntários de várias áreas, entre eles acadêmicos de Fisioterapia, Nutrição e Educação Física, que participaram dos jogos.

Após ser atendido Lotus e Paulo Henrique retornaram à competição de Xadrez

Entre tantas competições emocionantes a do Xadrez chamou a atenção de todos que participavam dos jogos. O atleta Paulo Henrique Máximo dos Santos de 14 anos, de Porto Velho, estudante da escola Classe A, competidor da categoria Infantil Masculino, deu um verdadeiro exemplo de “Fair Play” (o conceito que está ligado à ética, ou seja, que os praticantes devem jogar de maneira que não prejudiquem o adversário de forma proposital), no momento em que jogava com seu adversário, Lotus Luz Amaral também de 14 anos, estudante do 8° ano da EEEFM Carlos Gomes – Cacoal.

Em determinado momento da competição, Lotus Luz sentiu um mal-estar e precisou ser atendido pela equipe de saúde dos jogos. E ao ver seu colega desfalecendo Paulo Henrique rapidamente parou o relógio para não prejudicar o adversário. Mesmo correndo o risco de perder a competição ao parar o relógio devido às regras do Xadrez, Paulo Henrique aguardou pacientemente seu oponente Lotus Luz Amaral receber o atendimento para se recuperar e retornar a competição.

Todos que assistiam a competição ficaram emocionados com a nobre atitude do atleta que com tão pouca idade já demonstrou maturidade esportiva e humanitária. “Não podia dar sequência e nem me aproveitar da situação, porque Lotus não estava bem, e para mim a vida de uma colega vale mais que qualquer prêmio, por mais que estávamos competindo não seria ético e nem justo da minha parte dar continuidade ao jogo e ver meu colega desfalecer”, disse Paulo Henrique. Ao retornarem à competição e seguirem todas as regras que o Xadrez estabelece, Paulo venceu Lotus e ganhou o direito de competir nos Jogos Escolares da Juventude, em Blumenau (SC).

A gerência de educação física, esporte e cultura escolar da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), que coordena o Joer disse que jogo limpo e respeito pelos outros são valores essenciais não só para o esporte, mas para a vida em sociedade. “Nossos jogos, descobrem talentos e estimulam valores a serem seguidos, além de gerar o espírito esportivo na vida dos estudantes, desenvolve os princípios que nossos alunos já trazem do ceio familiar” disse Ítalo Aguiar.

FAIR PLAY 

O conceito de fair play está ligado à ética, e no esporte é uma situação que os praticantes devem jogar de maneira que não prejudiquem o adversário de forma consciente. Atualmente essa expressão é empregada em praticamente todos os segmentos da sociedade, e toma o significado de apresentar uma conduta de acordo com padrões éticos, sociais e morais. A expressão tornou-se tão popular, que quase todos os países desenvolveram uma de acordo com sua própria língua. O fair play, é uma expressão americana para jogo limpo, e no esporte envolve a luta contra a fraude, contra o doping, contra a violência, contra a desigualdade de oportunidades, e contra a corrupção.

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