Campanha de carnaval da Seas informa sobre violência, assédio e disk denúncia

A campanha de carnaval realizada pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seas) levou em 2018 mensagens contra o assédio, pedofilia, violência contra a mulher e homofobia. Presente em vários pontos de Porto Velho e do interior do estado, o objetivo era diminuir os índices de violência que, em casos contra a mulher, por exemplo, chega a um aumento de 88% só no período carnavalesco.

Sabrina Fernandes, assessora do núcleo LGBT da Seas, enfatiza que em todos os pontos visitados a receptividade dos foliões foi boa, mas que o acesso à informação e o ato de fazer valer os direitos não pode ser apenas no período de festas. “Sempre que houver qualquer tipo de agressão e que a vítima conseguir detectar a homofobia, é importante que ela denuncie ao 180 e à polícia mais próxima. É essa forma que conseguimos combater a violência e punir os agressores”.

Dejanira Maria, gerente do núcleo da mulher na Seas, reafirma a orientação dada ao público LGBT e diz que por falta de denúncias muitas vezes os casos ficam subnotificados. “Temos o 180 que também serve para estes casos, mas o 190 também pode ser acionado. Os casos precisam ser denunciados para que os números sejam cada vez mais precisos, e só assim vamos conseguir aplicar as políticas públicas com uma eficiência ainda maior”, resumiu.

Índices

O período de Carnaval costuma ser crítico para algumas pessoas. Crianças, adolescentes e LGBT’s somam o maior número de denúncias no Disk 100, no Disk 180 e até no 190 por violação de direitos. Em um balanço feito de 2011 a 2017 pelo Disk 100 sobre as denúncias acerca de casos de abusos contra crianças e adolescentes no estado, foram mais de 1.970 ligações realizadas; já para a comunidade LGBT os números são baixos, pouco mais de 30 contatos em seis anos de levantamento aqui no estado.

No 180, um dos principais canais de denúncia de casos de violência contra a mulher, só em 2017 foram mais de 2.100 ligações de todo o país no período massivo de Carnaval; em Rondônia os números chegam a aumentar 88%.

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