TRANSPLANTES
13 de setembro de 2016 | Governo do Estado de Rondônia
Rondônia espera mais doadores de órgãos. Dúvidas e tabus em relação ao assunto serão tirados durante este mês, conforme informou nesta terça-feira (13) a diretora-adjunta do Hospital de Base Ary Pinheiro, Joelma Sampaio.
“Uma delas é a certeza de morte encefálica, cujo diagnóstico é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina”, mencionou. Dois médicos de diferentes áreas examinam o paciente, sempre com a comprovação de um exame complementar.
Iniciado no sábado (10) no Espaço Alternativo de Porto Velho, o Setembro Verde reuniu muitas pessoas, das 16h às 19h, entre as quais doadores e recebedores de órgãos que prestaram depoimentos a respeito dos resultados de suas cirurgias.
Desde 2014, o HB fez 150 transplantes de córneas e 54 de rins. Recentemente foi enviado em avião da Força Aérea Brasileira para Fortaleza (CE) um fígado, coletado com autorização da família, de um homem de 32 anos, morto em acidente de moto.
A Central Estadual de Transplantes funciona no HB, na avenida Jorge Teixeira, 3766, bairro Industrial, na capital.
“A doação de órgãos é um ato de amor e de heroísmo. Exige solidariedade no momento mais difícil, mas quem doa estende a mão para que a vida siga em frente num coração que volta a bater, num rim que volta a funcionar, numa pessoa que pode de novo enxergar”. É o que está escrito no folder da campanha.
Agora, a direção do hospital espera do Ministério da Saúde autorização para transplante de fígado. Atualmente, pacientes na fila são encaminhados para Brasília e São Paulo. São assistidos nos exames preparatórios e no retorno do transplante pelo cirurgião Leonardo Mota, da Policlínica Oswaldo Cruz (POC).
A assistente social Eliete Pantoja informou que a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos estabeleceu o Setembro Verde para sensibilizar as pessoas a fazer doações.
Ela lembrou que 27 de setembro é o Dia Nacional do Doador de Órgãos e Tecidos. Por sugestão da equipe de transplante do HB, pontos históricos de Porto Velho serão iluminados com a cor verde.
O QUE É PRECISO
Para ser doadora no Brasil, a pessoa não precisa deixar nada por escrito, em nenhum documento, basta comunicar sua família do seu desejo da doação. Ela só ocorrerá após a autorização familiar.
Segundo a assistente social Eliete Pantoja, o doador vivo pode ser qualquer pessoa que concorde com isso. Ele pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea e parte do pulmão.
Coração, córnea, pulmão, fígado, pâncreas, intestino, rim, veias, ossos e tendão podem ser retirados de doador falecido. Ou seja: um único doador pode salvar muitas vidas. Órgãos doados destinam-se a pacientes que necessitam de transplante e aguardam na lista única definida pela Central de Transplantes.
“Pela lei, parentes até quarto grau e cônjuges podem ser doadores; não parentes, somente com autorização”, explicou Eliete.
Doador falecido é paciente em UTI, com morte encefálica, geralmente vítima de traumatismo craniano ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). A retirada de órgãos é realizada em centro cirúrgico, a exemplo de qualquer outra cirurgia.
Após a doação, o corpo do doador fica deformado? – indaga-se, quase sempre. A resposta da Central de Transplantes é não. “A retirada dos órgãos é uma cirurgia como qualquer outra e o doador poderá ser velado normalmente”.
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Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Daiane Mendonça
Secom - Governo de Rondônia
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