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Capacitação busca a melhoria das políticas públicas voltadas à igualdade racial em Rondônia

09 de outubro de 2019 | Governo do Estado de Rondônia

Adjunta da Seas, Liana Silva com a palestrante Simone dos Santos explicaram a proposta da capacitação

Para melhor aplicação e efetividade das leis que tratam da igualdade racial no País, em especial em Rondônia, acontece em Porto Velho, pela manhã e à tarde, nesta quarta-feira (9) e quinta-feira (10),  no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), capacitação em políticas de promoção da igualdade racial,  com a palestrante Simone Maria dos Santos, doutora em sociologia e pós-doutora no Programa de Demografia da Faculdade de Ciências Econômicas da Unidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O público alvo do evento promovido pelos governos federal,  por meio  do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos (MMDH); e estadual, através da Secretaria de Estado da Assistência e do Desenvolvimento Social (Seas), com a participação do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Cepir), são conselheiros da área, com atuação em vários municípios rondonienses, representantes de órgãos públicos, negros, quilombolas, índios, inclusive haitianos abrigados no estado.

Na abertura, representando a secretária Luana Rocha que cumpre agenda em Brasília, a adjunta da Seas Liana Silva de Almeida Lima afirmou que o princípio de tudo é o respeito pelo próximo, com vistas a contribuir com uma sociedade melhor, uma prática que vem sendo promovida pelo governo Marcos Rocha, que desde o início da gestão incentiva a capacitação dos servidores e da sociedade civil organizada que trabalha em parceria com o governo.

Simone iniciou relatando sua história como mulher, negra, que sofria bullying na infância, mas que na adolescência teve uma reviravolta em sua vida após ganhar uma bolsa para cursar o ensino médio nos Estados Unidos, atuando hoje como consultora do Projeto BRA/15/010 – Fortalecimento e Expansão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, que faz parte de um acordo de Cooperação Técnica entre o MMDH e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, após participar de processo seletivo para cinco vagas.

Dieugrand Philippe disse que pretende ampliar o conhecimento e trabalhar pelas políticas públicas do seu povo haitiano

Geneticamente, conforme explicou Simone dos Santos, só existe a raça humana, mas socialmente ocorre a distinção pela cor, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) classificou como preta, parda, branca, amarela e indígena. “A sociedade brasileira fundou-se sobre as bases do trabalho escravo e do patriarcalismo, em que o homem tem supremacia nas relações sociais…A proposta é construir um mundo em que se contrate pela capacidade e não pela cor da pele, textura do cabelo e traços faciais”, pontuou, ressaltando que a desigualdade racial, conforme o Estatuto de 2010, é toda situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de bens, serviços e oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, descendência ou origem nacional ou ética.

Para os participantes, a exemplo do haitiano Dieugrand Philippe, o curso é uma oportunidade de aprendizagem ou ampliação do conhecimento para a melhoria das políticas públicas.

Todas as discussões, segundo Simone dos Santos, serão relatadas ao MMDH, com informações sobre as políticas públicas existentes e sua praticidade.

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Fonte
Texto: Veronilda Lima
Fotos: Veronilda Lima
Secom - Governo de Rondônia

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