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25/04/2024

SAÚDE DA MULHER

Com descentralização do atendimento, Sesau amplia oferta de mamografias e faz cobertura estadual em municípios polos

18 de abril de 2018 | Governo do Estado de Rondônia

Mamógrafo da Policlínica Osvaldo Cruz

Cresceu em pelo menos 20% a oferta de mamografias – exame de diagnóstico por imagem, que tem como finalidade estudar o tecido mamário – na rede estadual de Saúde. Os dados são do setor de estatísticas da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). No total, o Estado possui oito mamógrafos distribuídos em municípios polos. Deste número, dois estão em Porto Velho e atendem a exames regulados através da Policlínica Oswaldo Cruz (POC), unidade referência no atendimento de alta complexidade em Rondônia, através do sistema de regulação do Ministério da Saúde (MS), Sisreg.

Além de Porto Velho, os municípios de Ariquemes, Ji-Paraná, Jaru, Cacoal, Guajará-Mirim e Vilhena possuem mamógrafos da rede municipal, para atender à demanda local. A distribuição dos equipamentos tem como objetivo ampliar a oferta do exame sem que a paciente precise se deslocar até Porto Velho, como ocorria antes da implantação do sistema de regulação estadual e a descentralização da alta complexidade.

Segundo a secretária adjunta de Saúde, Maria do Socorro Rodrigues da Silva, o Estado garante a todas as mulheres o acesso gratuito a mamografia. Ela explica que esse tipo de exame, como qualquer outro realizado pela Rede de Saúde pública ou complementar, depende de indicação médica. É o profissional de saúde que indica à paciente se deve ou não fazer o exame, de acordo com seu histórico familiar, sua idade ou a suspeita de alguma alteração. É preciso esclarecer que há indicações diferentes para a realização de mamografia, ambas com solicitação de médicos.

Socorro defende uma maior mobilização, através dos programas de Saúde da Mulher e da Família, desenvolvidos pela rede municipal, para que população – dentro do público alvo – busque as unidades de saúde para que o médico solicite o exame.

Maria do Socorro explica que o médico pode solicitar a mamografia diagnóstica quando tem suspeita, independente da idade da paciente. O profissional também deve recomendar as mulheres com idade entre 50 e 69 anos, para realizar a mamografia de rastreamento, conforme Nota Técnica Conjunta do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Nesse caso, o objetivo é o monitoramento das mulheres saudáveis, com a realização de exames regulares, a fim de diagnosticar precocemente possíveis casos da doença e diminuir a taxa de mortalidade na faixa etária de maior risco e incidência.

Segundo a secretária adjunta de Saúde, Maria do Socorro Rodrigues da Silva, o Estado garante a todas as mulheres o acesso gratuito a mamografia

Dados do setor de estatísticas da Sesau mostram que em 2016 foram realizadas, de forma direta, com regulação da POC, 8.739 mamografias.

 

Esse total não corresponde à realidade de Rondônia. Com a descentralização e os municípios realizando os exames, os números aparecem fatiados, demonstrando um quantitativo bem abaixo da realidade. Além desse fator, explica a secretária, há ainda os sub-registros que tiram da Sesau os números reais.

Outro fator fundamental para a prevenção do câncer de mama são as carretas de combate ao câncer mantidas pelo governo de Rondônia, através de convênio com a Fundação Pio XII,  administradora do Hospital de Câncer de Barretos.  Uma dessas carretas presta o atendimento na área central do Estado mas os dados não aparecem no sistema. Ou seja, há o serviço, é feito o atendimento, mas, devido à burocracia os números finais não aparecem computados para o  Estado, explica a secretária. Ela diz que outros estados sofrem o mesmo problema que Rondônia, causados pelo sub-registros.

INCIDÊNCIA

No Brasil, o câncer de mama é o tipo de câncer mais incidente e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres. A medida de controle preconizada para a detecção precoce da doença é a realização de mamografias em mulheres assintomáticas. Como a detecção precoce do câncer de mama pode reduzir a mortalidade e proporcionar um melhor prognóstico da doença no país.

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) orienta que as mulheres façam a observação e a autopalpação das mamas sempre que se sentirem confortáveis para tal, sem necessidade de uma técnica específica de autoexame ou de determinado período do mês.

Além do autoexame, é importante conhecer os fatores de risco da doença. Manter uma dieta saudável, estar dentro do peso ideal, praticar alguma atividade física e reduzir ou evitar o consumo de bebidas alcoólicas podem reduzir bastante o risco de aparecimento da doença, recomenda o Inca.


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Fonte
Texto: Zacarias Pena Verde
Fotos: Ítalo Ricardo e Jeferson Mota
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Governo, Infraestrutura, Rondônia, Saúde


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