Estrada melhor e calcário deverão baixar custo, diz produtor

A família do agricultor Nilson Luiz Rech

O agricultor Nilson Luiz Rech, o “Tchê”, cultivou 1.500 hectares de soja em Corumbiara, além de 500 hectares de arroz. As terras foram arrendadas de terceiros, o que gera um custo elevado – cerca de 50% da produção ficam nas mãos dos donos da terra.

Mas a construção da usina de calcário e a melhoria das estradas deverão ter forte impacto no aumento da produtividade e também na redução de custos, diz o produtor. “O ganho com o calcário tem sido de, no mínimo, dez por cento no aumento da produção”, garante. “Com a usina, o custo do frete deverá baixar, pois estamos mais perto do que se a gente fosse comprar do Mato Grosso”, confirma.

De modo geral, os custos com fertilizantes, agrotóxicos, sementes, combustíveis e peças tem tido aumentos sucessivos. O agricultor, porém, vê avanços, e elogia o trabalho realizado pelo governo do estado na melhoria das estradas. “Melhorou muito”, diz. “A Estrada do Boi, com 180 quilômetros, é o maior exemplo do trabalho desenvolvido pelo governo, voltado para o escoamento da safra”, reconhece.

Ele também indica alguns pontos que ainda necessitam de melhorias. “Perto da entrada de Corumbiara, é preciso que se faça alguns ‘cortes’, principalmente no morro do Paulo Bode, depois da Dom Pedro”, diz.

Em relação à soja, a expectativa do produtor é de uma média de 50 sacas por hectare – sua produção deverá atingir perto de 75 mil sacas. “Poderia ser mais, mas a chuva e os atrasos com caminhões e falta de silos geraram demora na colheita, resultando numa quebra de cinco mil sacas, pelo menos”, diz.

Outro custo enfrentado pelo produtor é a manutenção das máquinas e o alto preço dos equipamentos novos. “A cada ano, sofremos com a depreciação de valor das nossas plantadeiras, colheitadeiras e caminhões, enquanto o custo com a manutenção só aumenta”. Mesmo assim, ele não desanima. “A produção deve crescer mais no ano que vem”, diz.