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19/03/2024

MORADA NOVA

Famílias começam a se mudar para o Residencial Orgulho do Madeira, em Porto Velho

16 de dezembro de 2015 | Governo do Estado de Rondônia

Leila-orgulho do madeira

Ao desembarcar sua mudança, vinda do Bairro São Francisco, Leila mostra a Bíblia coberta por plástico

 

Ao descarregar sua mudança, vinda do bairro São Francisco (zona Leste de Porto Velho), Leila Marinho de Souza, amazonense, 44 anos, retirou primeiro uma caixa com bolas plásticas, cadeados, peças de roupa, Bíblia Sagrada, carrinhos de brinquedo e sacos plásticos com laranjas e mangas.

Antes de subir para o apartamento 2.253 no 4о andar de um dos prédios da quadra 283, ela e o filho Alexandre Fabiano, 8, admiraram o gramado e a rua asfaltada do Residencial Orgulho do Madeira (bairro Mariana, zona Leste), inaugurado na segunda-feira (14), em Porto Velho.

Em seguida, mãe e filho carregaram nas costas algumas cadeiras, um colchão, um computador velho e uma fritadeira de salgados. “Se eu conseguir ser cabeleireira, vou ficar muito contente, mas antes de ter essa sorte, posso vender pastéis, saltenha e coxinhas, que eu faço muito bem”, planeja.

O menino Alexandre se dispôs a auxiliar a mãe até subir a última peça. Leila lamentou que ele faltasse à aula já no primeiro dia, na Escola Municipal Infantil Jesus de Nazaré, no bairro Socialista. “Mas é por uma boa causa”, reconheceu.

Nas circunvizinhanças do conjunto, notadamente nos bairros Jardim Santana, Socialista e Marcos Freire, veem-se novas construções de estabelecimentos comerciais. Prédios recém-construídos destinam-se a pequenos mercados, distribuidores de água, bebidas e gás de cozinha.

O Residencial Orgulho do Madeira tem quatro mil unidades habitacionais, das quais 3.744 são apartamentos e 256 casas. A entrega de unidades iniciada na terça-feira (15) faz parte da primeira fase planejada pela Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, contemplando famílias de baixa renda inscritas na casa de eventos Talismã 21 e que assinaram contratos com o Banco do Brasil.

Leila, por exemplo, que tem dois filhos casados moradores em São José dos Pinhais (PR) e o terceiro “na véspera de ser pai” também naquele estado, disse que sonha com a casa própria desde os 19 anos de idade. “Eu me cadastrei na prefeitura e pelejei esse tempo todo para comemorar. Sou muito grata ao governador Confúcio Moura e à presidente Dilma”, comentou.

Quando a metade da mudança havia sido descarregada, por volta de 9h40, chegou ao local o ex-marido dela, Antônio Pedro de Vasconcelos, pai de Alexandre. Fez a parte dele, desembarcando o que faltava, inclusive a cesta básica.

Orgulho do Madeira_Mudança_João Felismino Lopes__15.12.15_Foto_Daiane Mendonça (27)

João Felismino morava com o filho Samuel

O residencial contribui para o começo do giro do dinheiro na região. A mão de obra de instalação elétrica e hidráulica começou a oferecer seus préstimos. Nessa terça (15), porém, foi praticamente dos motoristas “freteiros”. Januário Soares, 64, cobrava R$ 50 por mudança. “Se aparecer mais 50, eu faço todas”, comprometia-se ao observar o movimento de famílias nas quadras asfaltadas.

Segundo os vigias nas guaritas de entrada das quadras, as primeiras mudanças começaram a chegar depois das 6h. Na casa de apoio montada pela Direcional Engenharia, dois funcionários prestaram informações aos moradores.

O pedreiro Samuel Ferreira Lopes, 41, tirou o dia para auxiliar o pai, João Felismino Lopes, 78, na instalação elétrica do apartamento 104 de um dos blocos da quadra 283.

No alto da escada, apertando a fiação e testando a lâmpada, ele deixou o pai à vontade para contar um pouco de sua história. “Olhe o interfone na porta e a cerâmica é de material muito bom”, elogiou apontando a sala e a cozinha.

O maranhense João Felismino, que se aposentou há 13 anos, veio para Rondônia nos anos 1960, quando trabalhou na abertura do trecho Pimenta Bueno-Porto Velho da ex-BR-29, atual BR-364. Nos anos 1980 ele foi operário no canteiro de obras da Hidrelétrica de Samuel, no rio Jamari, a primeira construída em Rondônia.

Além das contas de energia elétrica e de água, ele pagará prestação mensal de R$ 36. No primeiro dia de testes com a eletricidade do apartamento, ele deixou a mulher, Maria Domingas, 65, lavando roupas no bairro Três Marias. “Depois ela vem para organizar tudo”, disse sorrindo.

João Felismino, pai de dois filhos e com sete netos, morava na casa do filho Samuel. Conta que se casou no Piauí e também trabalhou no Porto de Itaqui, em São Luís, onde a Companhia Vale do Rio Doce exporta para países asiáticos o minério de ferro extraído da Serra de Carajás (PA).

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Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Daiane Mendonça
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Água, Assistência Social, Capacitação, Distritos, Ecologia, Economia, Educação, Empresas, Governo, Habitação, Inclusão Social, Indústria, Infraestrutura, Justiça, Legislação, Meio Ambiente, Obras, Previdência, Rondônia, Saneamento, Saúde, Segurança, Serviço, Servidores, Sociedade, Solidariedade, Trânsito, Transporte


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