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PECUÁRIA LEITEIRA

Fundo Proleite destaca investimentos para o desenvolvimento da cadeia produtiva em Rondônia

21 de maio de 2019 | Governo do Estado de Rondônia

Fundo Proleite investe em Laboratório que avalia qualidade do leite para regulação do preço de referência aos laticínios.

 

A pecuária leiteira do Estado de Rondônia recebe nesse primeiro semestre cerca de R$ 16 milhões em investimentos viabilizados pelo Fundo Proleite. Três projetos destacam-se no desenvolvimento do Programa: Laboratório de Qualidade do Leite (LQL), transporte de 20 mil toneladas de calcário ao produtor e fecundação in vitro.

Com 501 agroindústrias registradas, onde 88 são de lácteos, o Estado conta com o produtor responsável pela matéria-prima, e o laticínio que transforma o leite em produto e subproduto. O Fundo Proleite registra neste ano, em conta, mais de R$ 40 milhões, destes, R$ 16 milhões já foram investidos até maio.

Criado em 2009 por meio da lei complementar n°547, de 21 de dezembro com o objetivo de apoiar a cadeia produtiva do leite e investir na melhoria da qualidade do produto, o Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira envolve produtor, tecnologia de sistemas de produção e diálogo com os laticínios (fonte que alimenta o Fundo com taxa de 1% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS – recolhido para o Governo do Estado). A gestão do Fundo é realizada pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) junto ao Conselho de Desenvolvimento do Agronegócio Leite (Condalron), definindo as políticas aplicadas ao setor e a definição de gastos.

Para acessar os recursos que apoiam o desenvolvimento da pecuária leiteira em Rondônia, os atores da cadeia produtiva primeiramente apresentam propostas que são discutidas pelo Condalron com assessoria de uma câmara técnica formada por membros de diversas instituições, como Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural), Fetagro (Federação da Agricultura e Pecuária) e Sindileite (Sindicato das Indústrias de Laticínios). As instituições estudam as propostas e subsidiam a decisão dos conselheiros, a partir disso, uma autorização é realizada em ata para que o investimento seja efetivado na proposta.

Para 2019, projetos novos e continuados estão em andamento com investimentos por meio do Fundo Proleite. Entre as propostas, estão a aquisição de Tourinhos com foco na agricultura familiar, e parceria com o Banco do Povo que possibilitou o financiamento; a fecundação in vitro para o melhoramento genético; o Laboratório de Qualidade do Leite, construído na Embrapa com parceria do Governo, e estrutura financiada pelo Proleite, onde a Embrapa tem a função de executar o projeto com técnicos e a Fapero (Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e a Pesquisa) realiza a gestão da execução da pesquisa e os bolsistas.

Transporte do calcário é custeado pelo Fundo Proleite

“O objetivo é ter um laboratório para atender a cadeira produtiva do leite de modo que ela possa aferir a qualidade do produto para atender, no futuro, o comércio. Mas ainda está na fase de implementação, estruturação e pesquisa”, explicou o economista Avenilson Trindade, coordenador do Proleite.

Até este ano, o leite é enviado para análise em laboratórios de outros estados para estudar a composição de custos. Com projeto em andamento, o preço de referência é responsável por realizar um levantamento de custos e pela formação do preço de referência que o laticínio vai pagar ao produtor, definindo assim como o mercado se comporta. A partir desse estudo, o Conseleite (Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite) publica uma resolução informando o preço de referência para o mês, conforme o padrão que torna possível avaliar a qualidade do leite.

“A vantagem do Fundo é ter a garantia do recurso destinado para determinado fim, como a cadeia produtiva do leite que tem um fundo de apoio de investimento específico, que fica na Seagri, com conta bancária própria”, afirmou o coordenador.

Uma ação contínua é o transporte de calcário. Em 2018 foram transportadas 12 mil toneladas ao pecuarista de leite, por meio do Fundo, para 2019 a projeção é de 20 mil toneladas. O produtor é parceiro com a responsabilidade da compra do mineral, utilizado para corrigir a acidez do solo e garantir melhor produção agrícola. Entre outros projetos estão a realização da Rondoleite (feira da cadeia produtiva do leite), neste ano agendada para acontecimento junto à Rondônia Rural Show, que recebeu investimento do Fundo Proleite para a construção de estruturas fixas e contratação de serviços; a recuperação da usina de nitrogênio, que armazenará o sêmen bovino para o melhoramento genético; e a incorporação de áreas degradas ao pasto, em Ariquemes, aumentando a capacidade de animais no pasto e melhoria da nutrição animal.

Entre os parceiros do Fundo Proleite com as pesquisas, além da Fapero, o Programa conta com o Ifro (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia) e as universidades pública e particulares do Estado.

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Fonte
Texto: Gaia Bentes
Fotos: Arquivo Secom e Emater/RO
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Agricultura, Agropecuária, Governo, Rondônia, Terceiro Setor


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