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24/04/2024

Usina Calcário

Nova usina de calcário será inaugurada no próximo sábado

26 de maio de 2014 | Governo do Estado de Rondônia

O calcário que esta usina vai produzir, disse o responsável técnico pela montagem Roque Peron, pode ser considerado “o ‘Sonrisal’ da terra, pois ele vai tirar a acidez do solo rondoniense e vai torná-lo mais produtivo”

 

Nova usina de calcário será inaugurada no sábado, 31 de maio

Nova usina de calcário será inaugurada no sábado, 31 de maio

É com este entusiasmo que Roque monta os novos equipamentos. Sua indústria é a fabricante e projetista da planta que passará a funcionar no próximo sábado, 31, e contará com a presença do governador Confúcio Moura e autoridades regionais e locais.

Calcário será utilizado para corrigir a acidez do solo melhorando a produtividade. O produto será o "sonsrisal da terra".

Calcário será utilizado para corrigir a acidez do solo melhorando a produtividade. O produto será o “sonrisal da terra”.

A estrada de chão que leva à usina está sendo toda cascalhada e patrolada pela equipe do Departamento de Estrada de Rodagens e Transporte (DER) que trabalha há uma semana no local, mesmo enfrentando a chuva que retarda o serviço.

A reportagem visitou a usina de calcário Felix Fleuri, localizada cerca de 50 km de Espigão do Oeste, mas a jazida pertence ao município de Pimenta Bueno. No domingo, 25, estava sendo preparado o primeiro teste para o funcionamento da britagem.

O teste foi considerado positivo, disse Roque Peron, que informou que na próxima quarta-feira, 28, fará o teste completo do sistema que consiste em duas britagens e a moagem da pedra.

Usina de Calcário_25.05.14_Fotos_Daiane Mendonça (2)

Primeiro teste de britagem foi realizado neste domingo, 25

Roque explicou que em primeiro lugar é necessário realizar a detonação das pedras e o carregamento até o setor de britagem. A britagem primária, disse, “reduz a pedra para algo em torno de 5 polegadas. Esta  pedra será jogada em uma “pilha pulmão” com capacidade para armazenar 7 mil toneladas.

Esta pedra irá correr por uma outra esteira e será levada para uma segunda moagem que a reduzirá para duas polegadas e será colocada em um outro galpão depósito com capacidade para 30 mil toneladas de pedra pronta para moer.

A partir deste momento, a pedra está pronta para moagem, onde será transformada em pó e, seguindo as normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o produto vai para um galpão com capacidade de estocagem de 30 mil toneladas.

Roque Peron, responsável técnico pela montagem da usina

Roque Peron, responsável técnico pela montagem da usina

Segundo Roque Peron, a usina terá capacidade para produzir 170 toneladas hora e 300 mil toneladas ano, podendo chegar a 400. E se “dobrar os turnos, esta produção pode até dobrar para 600 mil toneladas/ano”.

Para o responsável técnico, o calcário será a grande redenção de Rondônia, onde todos poderão adquirir o produto mais barato, pois hoje se paga muito caro pelo frete do calcário que vem do Mato Grosso. “Aqui mesmo já tem gente vindo procurar o calcário todos os dias, só estão esperando moer.”

Usina de Calcário_25.05.14_Fotos_Daiane Mendonça (1)Ao final do processo da moagem, Roque explicou que ainda sobra o pó do calcário (Calcario Filler) que é captado e utilizado na indústria para fabricação de tintas, massa corrida, creme dental, tintas e muito requisitado na pequena agricultura (horticultura) como corretor imediato por ser rapidamente absorvido pelo solo. “O calcário normal precisa de 20 a 30 dias para ser absorvido pelo solo e corrigir sua acidez”.

Carência

Roque também possui uma jazida de calcário no Mato Grosso e, além disso, fabrica os equipamentos para outras usinas para atender outros estados. Segundo ele, a demanda anual de calcário em Rondônia é de 1,5 milhão de toneladas. Portanto, “mesmo com esta usina ainda será necessária a produção de mais calcário”.

Calcário de Rondônia é extraído em forma de rocha

Calcário de Rondônia é extraído em forma de rocha

Para ele, a logística do calcário é estar próximo do agricultor para facilitar o acesso dos pequenos para que o frete não fique muito caro. “Esta jazida vai viabilizar e muito a agricultura no estado”. “Aqui em Rondônia são necessários cerca de 4 a 6 toneladas por hectare para corrigir o solo”.

Rodovia do calcário

Os 54 quilômetros que separam a usina de calcário da rodovia que dá acesso a Espigão do Oeste é de chão batido. Apesar da manutenção regular da estrada por parte do DER, o caminho deverá receber pavimentação asfáltica ainda este ano.

O asfaltamento da estrada denominada “Rodovia do Calcário” deverá ser feito pela administração direta e faz parte do programa do governo do estado em levar asfalto aos municípios de Rondônia. Assim, facilita o acesso do produtor à usina e, consequentemente, o escoamento da produção.

Nova rodovia

Faz parte do planejamento do Governo do Estado pavimentar outra estrada a partir das proximidades da usina com destino ao Cone Sul de Rondônia. Esta nova via objetiva garantir acesso mais fácil do insumo em atendimento àquela região do estado.

“Com esta nova rodovia, a distância entre a usina e o Marco Rondon vai reduzir praticamente à metade”, informa Ronil Peron, o gerente da usina de calcário. O Marco Rondon, segundo Peron, é um ponto de referência na rodovia BR-364 aonde a nova rodovia deve ligar, cerca de 130 km distante de Vilhena.

Ressaltam os benefícios

O deputado estadual Brito do Incra, quando em visita à usina de calcário, ressaltou a importância do empreendimento para a agricultura do estado.

Já o deputado Luzinho Goebel elogiou a iniciativa do governo em atender as necessidades do setor produtivo em especial dos pequenos proprietários rurais, em sua opinião, um dos pilares do desenvolvimento de Rondônia. “A iniciativa por parte do governo de modernizar a usina de calcário foi um avanço no sentido de garantir o melhoramento da terra para aumentar a produção e o emprego no campo e na cidade”.

O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Kaká Mendonça, que é da região de Pimenta Bueno, disse que a usina de calcário “será a redenção da região” pois, segundo ele, esta é a melhor usina do Norte do país e vai “melhorar a qualidade da terra do estado e aumentar a nossa produção”.

Investimentos do governo em Espigão

O Governo de Rondônia tem investido muito na região de Espigão do Oeste, como o projeto Mão Amiga, que leva o maquinário do DER para recuperar as estradas facilitando o escoamento da produção.

Espigão produz hoje cerca de 300 toneladas de tambaqui e técnicos da Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) local trabalham em parceria com a Coordenadoria de Agroindústrias da Seagri, no sentido de montar uma agroindústria para beneficiar e transformar o tambaqui bruto em filé para ser distribuído na alimentação escolar.

Também já foi assinada a ordem de serviço que deu início a dez quilômetros de asfalto para Espigão. Com a obra de pavimentação na cidade, as oportunidades de emprego irão surgir e os moradores terão melhor qualidade de vida com o asfalto e esgoto.

A agência do Banco do Povo de Espigão, desde 2012, auxilia no desenvolvimento do empreendedorismo a partir de pequenos negócios informais como salão de beleza, carrinho de pipoca, pequeno produtor de leite. Os valores para empréstimos variam de R$ 300 até R$ 10 mil e as taxas de juros são menores que a média de mercado.

Além do incentivo no transporte escolar, o governo de Rondônia firmou compromisso para a construção de cinco escolas indígenas. Em Espigão serão construídas a Escola Indígena Capitão Cardoso, Escola Indígena Estadual Capitão Cardoso (Extensão II), Escola Indígena Tenente Marques e Escola Indígena Pichuvy Cintia Larga.


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Fonte
Texto: Geovani Berno
Fotos: Daiane Mendonça
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Agricultura, Governo, Indústria, Infraestrutura, Rondônia, Tecnologia


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