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25/04/2024

PROTOCOLO

Procedimentos de mergulho em ocorrências de afogamento seguem alto padrão de segurança

15 de janeiro de 2021 | Governo do Estado de Rondônia

Foram realizados 83 mergulhos para resgate de vítimas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia em 2020

Foram 83 mergulhos para resgate de vítimas realizadas pelo Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia (CBM/RO) em 2020. São 23 a mais que em 2019. O trabalho heroico dos profissionais e os protocolos que fazem parte da atividade foram apresentados na manhã desta sexta-feira (15) em coletiva de imprensa, na sede da corporação.

A profissão de mergulhador é a segunda de maior risco do mundo, e em Rondônia ainda tem mais um agravante, as caraterísticas do rio Madeira, um rio com águas barretas que impedem a visibilidade do profissional e com correntezas que movimentam troncos.

O comandante do CBM, coronel BM Gilvander Gregório de Lima, explicou que fazer um mergulho de resgate de vítimas, não é uma decisão do mergulhador, tem que obedecer a protocolos, e reforçou que os bombeiros jamais deixam de fazer um mergulho quando há condições para o mesmo. ‘‘A população pode ter a segurança que quando somos acionados estarão indo profissionais com o mais alto padrão de qualidade para fazer o mergulho. Somos uma corporação que cumprimos nosso dever, mas nós temos regras e protocolos que precisam ser observados’’, explica o comandante.

O mergulho é uma das atividades do Corpo de Bombeiros, há outras 37. ‘‘A atividade de mergulho é altamente profissional, tem que ter  preparo físico e psicológico para atender essa complexidade. Há protocolos e eles têm que ser seguidos à risca para que o militar em uma ocorrência não perca a própria vida’’, afirma o comandante.

Em coletiva de imprensa, o Corpo de Bombeiros Militar esclarece protocolos de segurança que disciplina mergulhos em Rondônia

SEGURANÇA

O subcomandante, coronel BM Felipe Santiago Chianca Pimentel, reforçou que todo mergulho é planejado para identificar quando há condições ou não de fazer a atividade, como ocorreu na última segunda-feira (11) em uma ocorrência de afogamento no rio Madeira. ‘‘Naquela ocasião, a nossa equipe técnica em observação aos protocolos tiveram o entendimento para não realizar o mergulho, pois era um local com correnteza fortíssima, com troncos passando e com profundidade de 30 metros’’, conta.

A profundidade do mergulho é um critério importante para a avaliação, pois depende de um cilindro de ar, e este é consumido em diferentes quantidades dependendo da profundeza. Quanto mais profundo for o local, maior será o  consumo de oxigênio. ‘‘É importante lembrar que todo mergulhador do mundo, em mergulhos com profundidade a partir de 30 metros é acometido pelo efeito da narcose que é a embriaguez nas profundidades, pois eleva a taxa de nitrogênio diluído no corpo’’, explica Chianca ao destacar que para proporcionar segurança, é preciso que, primeiro o bombeiro esteja em segurança.

O subcomandante ainda assegurou que a operação de resgaste e buscas fluviais continuam a serem feitas em virtude da ocorrência. ‘‘Nós já realizamos diversos mergulhos no rio Madeira exitosos em que diziam que era impossível localizar, e o Corpo de Bombeiros conseguiu’’, recorda o subcomandante.

SEGURANÇA EM RIOS, BALNEÁRIOS E PISCINAS

O comandante também fez um alerta sobre a segurança em rios, balneários e piscinas. Ele informou que a Instrução Técnica 16 orienta os estabelecimentos quanto as regras para segurança do local, o que inclui a presença de guarda-vidas e sinalização. ‘‘Aos banhistas eu oriento a procurar estabelecimentos que tenham aprovação do Corpo de Bombeiros, devidamente legalizados com a comprovação do documento, pois assim a segurança preventiva estará presente e pronta para ser empregada, caso seja necessário. Não vá em estabelecimentos irregulares, pois o risco de perder a vida é muito grande’’, alerta.


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Fonte
Texto: Vanessa Moura
Fotos: Daiane Mendonça/ Jeferson Mota/CBM
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Governo, Rondônia, Saúde, Segurança, Servidores, Sociedade


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