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PESQUISA CIENTÍFICA

Rondônia conquista instituto que investigará doenças virais, bacterianas, fúngicas e parasitárias na Amazônia Ocidental

10 de novembro de 2016 | Governo do Estado de Rondônia

FIOCRUZ 20-03-6

Pesquisadores da Fiocruz-RO serão beneficiados com o funcionamento do novo instituto

Rondônia dá um grande passo no avanço das pesquisas de doenças de natureza viral, bacteriana, fúngica e parasitária. O estado conquistou definitivamente a sede do Instituto Nacional de Epidemiologia da Amazônia Ocidental (EpiAmO), em Porto Velho.

“Devemos os esforços nesse sentido ao saudoso cientista, professor doutor Luiz Hildebrando Pereira, que lutou incansavelmente por mais de 30 anos para reduzir os piores índices de desenvolvimento humano numa região com baixa concentração de instituições de ciência, tecnologia e inovação”, disse o presidente da Fundação de Amparo ao Desenvolvimento de Ações Científicas e à Pesquisa de Rondônia (Fapero), Francisco Elder Souza de Oliveira, que participou de reunião em Brasília nesta quarta-feira (9) com o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, onde foi feito o anúncio oficial do Instituto, um dos oito INCTs autorizados para o País.

A unidade rondoniense resulta da mobilização da Secretaria Estadual de Planejamento (Sepog), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-RO) e da Fapero.

De acordo com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), 101 projetos se viabilizaram entre 345 propostas enviadas numa chamada de 2014.

O QUE FARÁ

Em contraste com a riqueza de sua biodiversidade, a região amazônica apresenta os piores índices de desenvolvimento humano dentre os indicadores nacionais dos países que a compõem, reconhece o Ministério da Ciência e Tecnologia.

O EpiAmo pretende avançar no conhecimento de aspectos das patologias estudadas na Amazônia Ocidental, identificar e caracterizar alvos moleculares para diagnóstico, profilaxia e terapêutica dessas patologias por meio de técnicas genômicas, proteômicas e bioquímicas; estabelecer serviços de referência regional no diagnóstico de patologias averiguadas, promover cursos de curta duração para profissionais dos serviços de saúde, viabilizar a participação de alunos de graduação e pós-graduação visando aprimorar a formação de recursos humanos altamente qualificados, promover atividades de educação em saúde e extensão à população, em especial às populações estudadas e contribuir para a vigilância epidemiológica, fornecendo dados às autoridades sanitárias sobre a dinâmica de transmissão importantes para o estabelecimento de ações de controle.

BENEFICIADOS

“O cientista Hildebrando Pereira iniciou o trabalho visando à conquista do EpiAmO, atualmente coordenado pelo professor doutor Henrique Krieger. Em termos de benefícios para a ciência, estamos em pé de igualdade até com instituições universitárias internacionais, a exemplo de Washington e Virgínia, nos Estados Unidos”, destacou Elder.

A Fiocruz-RO, instituição executora, congrega esforços interinstitucional e multidisciplinar de pesquisadores e profissionais vinculados a 14 instituições nacionais. No estado beneficiam-se o Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron), Centro de Pesquisa em Medicina Tropical (Cepem), Laboratório Central de Saúde Pública de Rondônia (Lacen), Instituto Federal de Rondônia (Ifro), Universidade Federal de Rondônia (Unir), (ICB5-Universidade São Paulo) em Monte Negro, Faculdade São Lucas, Faculdades Integradas Aparício Carvalho e a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).

hildebrando-pereira

Junho de 2014 – Hildebrando (em pé) recebe do governador Confúcio Moura a comenda do Mérito Rondon, a mais alta honraria do estado

A Fiocruz-RO constrói o Polo de Pesquisa, Inovação, Desenvolvimento e Difusão em Saúde do Estado de Rondônia, em conjunto com instituições contempladas pelo CNPq, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Fapero.

O novo Instituto fortalece a consolidação da rede integrada de pesquisadores, visando à proposição e avaliação de medidas inovadoras de controle das endemias com os seguintes eixos de atuação:

► malária e vetores;
► dengue e chikungunya;
► leishmanioses e vetores;
► doença de chagas e vetores;
► filarioses e vetores;
► hepatites virais;
► doenças associadas a morbidades e mortalidade infantil;
► biotecnologia aplicada às endemias tropicais; e
► epidemiologia genética

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Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Bruno Corsino e Divulgação
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Capacitação, Convênios, Governo, Infraestrutura, Legislação, Rondônia, Saúde, Serviço, Sociedade, Tecnologia


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