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28/03/2024

Pioneirismo

Tio de ex-governador do Espírito Santo é pioneiro no cultivo irrigado de café no interior de Rondônia

16 de junho de 2014 | Governo do Estado de Rondônia

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Bruno Camata

O capixaba  Bruno Camata, 73 anos, foi um dos primeiros produtores de café a conseguir financiamento bancário para irrigação das áreas de cultivo de café em sua propriedade. A propriedade se localiza a cerca de 1 km do entroncamento do travessão principal com a Linha 201, na zona rural do município de Vale do Paraíso.

Camata chegou à região em 1984, incentivado pelos sobrinhos, o ex-governador do Espírito Santo, Gerson Camata, e o radialista e ex-vice-prefeito de Ji-Paraná, Valdemar Camata.

Já chegou a produzir até 400 sacas de café nos quatro alqueires de cultivo, mas há 2 anos não utiliza o método da irrigação, porque as chuvas passaram a ser frequentes na região. Outro fator que o desmotivou foi a falta de apoio na época e a queda dos preços do produto no mercado regional.

Com a atual política do governo estadual de incentivo à cafeicultura é que, segundo Camata, voltou a investir na produção de café e seguir as orientações técnicas para aumentar a produtividade. Deu início aos serviços de poda e atualmente é realizada a “cepa” – parte da planta a que se cortou o caule e permanece viva no solo – dos cafeeiros.

Conta que é comum ouvir “conselhos” de conhecidos e amigos para deixar de trabalhar. Mesmo com dificuldades de audição e sem desligar o rádio para acompanhar as notícias e a cotação dos produtos agrícolas, ele responde: “eu trabalho para continuar a viver. Não posso parar”.

Há 4 anos casado com Felismina Maria Valois, “Bila”, 60 anos, ele admite pretender plantar a espécie de “café clonal”, desenvolvida em laboratório pela Embrapa, e que chega a produzir 130 sacas por hectare, no primeiro ano, pelo método da irrigação.

Piscicultura

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Café consorciado com seringa

Camata, no entanto, está otimista mesmo é com o futuro da piscicultura na região. Atividade que passou a desenvolver quando a cafeicultura de Rondônia entrou em declínio, no início dos anos 2000 e somente agora voltou a ser incentivada.

Já tem planos para aumentar de quatro para seis, o número dos tanques de criação de tambaqui em sua propriedade, principalmente depois que os preços melhoraram e o quilo do pescado passou a ser vendido a R$ 4,50.

Disse que no início das atividades o apoio do governo para formação dos açudes para criação de peixe foi de fundamental importância. Lembra que por meio de uma parceria entre o governo e o produtor, Camata se beneficiou  com o programa de hora máquina por meio de uma patrulha mecanizada composta por  uma moto niveladora, duas caçambas e uma pá-carregadeira. “Se fosse pagar ao particular, a hora máquina ficaria entre R$ 360,00 ou R$ 400,00”.

Vale do Paraíso aparece como o 16º maior produtor regional de cacau, 19º de milho, 20º de feijão, 43º de arroz, 40º de mandioca e 39º de banana, em comparação ao mesmo período dos anos de 2012 e 2013.

Revitalização

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Travessão Principal em Vale do Paraíso

Com investimentos na revitalização dos cafezais, que em Rondônia estavam velhos e cansados, o governo incentiva o produtor a usar novas tecnologias, como adubação, podas e irrigação obtendo excelentes resultados.

O Estado passou a ser o maior produtor de café da Região Norte e o 6º no Brasil com uma colheita prevista para safra de 2014 de 1,8 milhão de sacas de 60 quilos.

Exportadores do produto como Paulo Sérgio Pereira, que vende cerca de 100 mil sacas de café (cru) para os Estados Unidos, Arábia Saudita, Emirados Árabes e Peru, estão ainda mais otimistas com o incremento na produção de calcário, a partir da inauguração da nova usina na região de Pimenta Bueno e já fazem projeções para os próximos três anos, quando a produção de café em Rondônia poderá alcançar três milhões de sacas por ano.


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Fonte
Texto: Abdoral Cardoso - Decom
Fotos: Ésio Mendes
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Agricultura, Governo, Rondônia, Serviço


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