Governo de Rondônia
29/03/2024

ESTUDO QUALITATIVO

Toxoplasmose exige cuidados com gestantes em Porto Velho e no interior do estado

12 de junho de 2015 | Governo do Estado de Rondônia

Projeto coordenado pela biomédica Flávia Serrano Batista apresentado nessa terça-feira (10) pela Fundação de Amparo à Pesquisa, Ciência e Tecnologia de Rondônia (Fapero) a representantes do Ministério da Saúde, revelou que 32% das gestantes de Porto Velho, Jaru, Ji-Paraná e Ouro Preto do Oeste criam gatos, e alguns saem às ruas ou entram em matagais para caçar. Essas gestantes estão sujeitas a adquirir toxoplasmose, doença infecciosa, congênita ou adquirida, causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii, encontrado nas fezes de gatos e outros felinos. Homens e outros animais também podem hospedar o parasita.

Flávia Serrano Batista, biomédica

Flávia Serrano Batista, biomédica

Situação semelhante deve ocorrer na maioria dos municípios rondonienses, ainda não pesquisada, acredita a doutoranda Flávia Batista, docente da Faculdade São Lucas nas áreas de parasitologia e parasitologia clínica; e coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Centro de Pesquisa em Medicina Tropical, com experiência em diagnóstico laboratorial,  enteroparasitoses, crianças, saneamento básico e vigilância em saúde.

O projeto apresentado ao Programa Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PP SUS) reuniu até quinta-feira (11) profissionais da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) e da Universidade Estadual de Londrina (UEL), do Paraná.

“Notamos que o conhecimento de profissionais médicos e enfermeiros nas unidades de saúde quanto ao diagnóstico laboratorial e tratamento da toxoplasmose ainda não é satisfatório; faremos um inquérito com gestantes, a fim de conhecer hábitos higiênicos sanitários e a forma de combatê-la”, anunciou.

Flavia Batista explicou que a participação da UEL decorre da “estrutura prática dessa instituição”. Segundo ela, o médico- doutor, Italmar Navarro, principal colaborador do projeto, acumula experiências durante surtos da doença e também pôde orientar a equipe na elaboração de material educativo.

A biomédica prevê o aumento da capacitação de médicos e outros profissionais da área, na missão de integrar a atenção primária em saúde às ações de vigilância de toxoplasmose. “Eles poderão fazer isso, compartilhando resultados que provocarão mudanças no programa pré-natal. É um ajustamento de conduta, e a minha expectativa é que o tema também ocupe espaço na Conferência Municipal de Saúde, em julho”, disse.

A desorientação maior a respeito do assunto ocorre entre gestantes jovens, constatou a coordenadora do projeto. Em Porto Velho, a equipe ouviu gestantes na Unidade de Saúde do Bairro Pedacinho de Chão. Tanto na Capital quanto nos municípios pesquisados no interior do Estado, gestantes convivem com poços rasos e fossas sépticas muito próximos, ingerem carne crua e mal passada, e linguiça frescal.


Leia Mais
Todas as Notícias

Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Admilson Knightz
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Agricultura, Agropecuária, Água, Assistência Social, Capacitação, Convênios, Distritos, Ecologia, Evento, Governo, Inclusão Social, Infraestrutura, Legislação, Meio Ambiente, Rondônia, Saneamento, Saúde, Serviço, Servidores, Sociedade, Solidariedade


Compartilhe


Pular para o conteúdo