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18/04/2024

RELIGIOSIDADE

Vale do Guaporé se prepara para receber visitantes na Festa do Divino

15 de março de 2016 | Governo do Estado de Rondônia

Na  Basílica do Divino Espírito Santo, em Costa Marques, uma irmandade se prepara para  participar da liturgia religiosa da festa

Na Basílica do Divino Espírito Santo, em Costa Marques, uma irmandade se prepara para participar da liturgia religiosa da festa

 

A poucos dias do maior acontecimento religioso e turístico do Vale do Guaporé, a Festa do Divino Espírito Santo, os municípios por onde o cortejo fluvial passará já se preparam. Todos querem oferecer acolhida e conforto para fiéis e turistas que vêm de diversos países.

O padre Claudenir Matos, de Costa Marques, diz estar ansioso por participar pela primeira vez do evento. No Forte Príncipe da Beira, há uma preocupação a mais: obter apoio para receber a comitiva em 2021.

A Festa do Divino tem como um dos pontos fortes a procissão fluvial que percorre mais de 30 localidades brasileiras e bolivianas. A saída e o encerramento, este ano, será em Porto Murtinho, no município de São Francisco, também no Vale do Guaporé.

E em Porto Murtinho as providências estão avançadas. A prefeitura, os empresários, devotos e a irmandade local cuidam dos preparativos relacionados à parte religiosa e estrutural para acolher os visitantes.

OBRAS

As obras para a construção do galpão que servirá de refeitório foram asseguradas com recursos (R$ 35mil) destinados pelo governo de Rondônia, através da Superintendência de Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel).

Segundo o superintendente Rodnei Paes, outros R$ 35 mil foram repassados para a aquisição de alimentos para as pessoas que participarão da festa. A Sejucel também providenciará equipamentos de som e iluminação, além do palco.

Operários do Departamento de Estradas, Rodagens, Infraestrutura e Serviços Públicos (DER) trabalharam para deixar o acesso ao porto em condições de receber os devotos e turistas, uma vez que é neste local que parte das festividades será realizada.

EXPECTATIVA

Padre Claudemir participará pela primeira vez da procissão

Padre Claudemir participará pela primeira vez da procissão

O clima de expectativa entre as irmandades é indisfarçável. O padre Claudenir Matos veio do Paraná e está há pouco tempo no município de Costa Marques. Ele é o pároco da paróquia do Divino Espírito Santo, onde há uma irmandade do Divino. Será a primeira vez que o sacerdote presenciará a festa, da qual ouve relatos entusiasmados desde que chegou.

A paróquia do padre Claudemir é base de uma irmandade que vem se preparando há algum tempo para o evento. O grupo está envolvido até mesmo na liturgia das celebrações, um compromisso da maior relevância no contexto da festa.

TRADIÇÃO

Elvis Pessoa e Jean Carvalho Chianca, presidente e vice , são, respectivamente, da Associação Quilombola do Forte, que congrega os moradores do histórico quilombo existente no entorno do Forte Príncipe da Beira. Eles dizem   que a procissão, uma tradição herdada dos negros do quilombo que existiu naquela região, é manifestação que mobiliza os pouco menos de 300 habitantes do lugar.

“Este evento é muito importante para nós”, ressalta Elvis. Ele e o vice-presidente da associação já iniciaram contatos para receber o cortejo em 2021, conforme sorteio realizado pela organização da festa. “Se não conseguirmos a estrutura, o direito passa para outra localidade, mas isto não vai acontecer”, sustenta Elvis.

Elvis e Jean: lideranças que já pensam na festa de 2021, na comunidade do Forte Príncipe da Beira

Elvis e Jean: lideranças que já pensam na festa de 2021, na comunidade do Forte Príncipe da Beira

A Festa do Divino Espírito Santo é um culto, que começou há 122 anos no Vale do Guaporé. Originalmente veio para o país com os negros trazidos para serem escravos. Atrai, anualmente, devotos que pagam promessas atendidas pelo Espírito de Deus. Junto com eles chegam turistas de vários países que vêm prestigiar a manifestação religiosa, os costumes e a profusão de cores que brota das embarcações e das vestimentas dos devotos.

A procissão sai no domingo de Páscoa de uma localidade escolhida previamente por sorteio, percorre o rio Guaporé e visita mais de 30 localidades, onde fortalecem a fé no Divino Espírito. No trajeto,  recebem doações que servirão para a grande festa, que dura sete dias e acontece no Dia de Pentecostes, o Dia do Espírito Santo, 40 dias após o início.

 

 


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Fonte
Texto: Nonato Cruz
Fotos: Ésio Mendes
Secom - Governo de Rondônia

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