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20/04/2024

FERIADO MUNICIPAL

Vale do Paraíso valoriza produto pesqueiro; setor movimenta quatro toneladas por mês

13 de fevereiro de 2021 | Governo do Estado de Rondônia

Pavimentação Asfáltica

DER recuperou a rodovia ligando Vale do Paraíso ao distrito de Rondominas

Vale do Paraíso também poderia ter se chamado Tubarão. O plebiscito não deixou, e o segundo nome mais votado foi dado a uma Escola de Ensino Fundamental e Médio. Neste sábado, o município faz 28 anos. Situado na linha 200, às margens do rio Paraíso, afluente do rio Jaru, a 36 quilômetros de Ouro Preto do Oeste, o município surgiu depois do Projeto Polo Norte, do Incra, que contemplou seus assentados com estradas vicinais e distribuição de propriedades rurais de 100 hectares, o módulo do instituto.

No início deste ano, em pleno inverno amazônico, o Departamento de Estradas de Rodagem e Transportes (DER) colocou rejeitos de asfalto em pontos críticos para manutenção do trecho de 22 quilômetros da RO-475, entre Vale do Paraíso e o distrito de Rondominas. A obra dá melhores condições de tráfego, notadamente na Serra Negra, onde essa pequena rodovia era prejudicada por atoleiros e lamaçais. Os serviços foram executados por trabalhadores da 3ª Residência Regional do DER em Ouro Preto do Oeste.

De dois anos para cá, Vale do Paraíso também contabiliza vitória na área de pavimentação urbana, sendo  possível, graças a convênio assinado entre a prefeitura e a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). Em colaboração com a Casa de Detenção de Ouro Preto do Oeste, a cidade oferece insumos necessários à fabricação de bloquetes. Nessa empreitada coube a Vale do Paraíso mais de 42 mil unidades. Parte da nova produção já vem sendo usada na pavimentação de ruas do distrito de Rondominas.

Malária atacou muito a região da bacia leiteira nos anos 1980

TERRAS DOADAS

A exemplo de outras frentes pioneiras com migrantes vindos de diferentes regiões do País, Vale do Paraíso foi povoado por paranaenses, mineiros e capixabas que para cá vieram em busca de dias melhores a partir de 1973.

Em 1980, o Núcleo Urbano de Apoio Rural (Nuar) criado pelo governo territorial recebeu áreas cedidas por famílias pioneiras, entre elas, Sabino, Lyra e Vitória. E a cidade começou.

Problemas fundiários vêm sendo solucionados gradativamente. Um deles exigiu serviços de georreferenciamento no distrito Santa Rosa, a 35 quilômetros. Pelo programa Terra Legal, 120 famílias que vivem da agricultura familiar reacenderam a esperança de trabalhar em paz, valorizando cada pedaço de chão.

Em Vale do Paraíso, tal qual noutros municípios, agências bancárias não abriam crédito a agricultores sem a documentação definitiva de seus lotes. Segundo a síntese histórica municipal, os primeiros funcionários que chegaram ao município hospedavam-se numa casa construída pelo Estado. Foram então construídos: o centro técnico administrativo, o posto de apoio e o posto da extinta Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam), que cuidava dos maláricos e vítimas da esquistossomose e febre amarela.

A exemplo de outras regiões de Rondônia, na década de 1.980 grupos de servidores da Sucam embrenhavam-se na floresta até por mais de um mês, não apenas diagnosticando as doenças, mas cuidando das famílias que entravam nas estatísticas do Ministério da Saúde.

Uma área de 73,3 mil hectares é ocupada com a produção agropecuária. A pastagem extensiva totaliza 56,7 mil ha, e apenas 9,1 mil ha se destinam a reservas legais. O município também se dedica à fruticultura, à colheita do látex coagulado de seringueiras, e ao comércio de madeira em toras. O café também voltou a ser estimulado desde a safra passada, quando o setor recebeu (em todo o Estado) recursos de R$ 4,2 milhões do fundo Fider para aquisição de três milhões de mudas.

PEIXE NA LINHA DE FRENTE

Entre outros segmentos, Rondônia tem aproximadamente 500 agroindústrias. Vale do Paraíso ganhou, em 2018, a primeira agroindústria de peixes da região, movimentando por mês quatro toneladas de tambaqui, pirarucu e pintado. Instalada na linha 202, vende tudo em Ouro Preto do Oeste, Cacoal, Vilhena e alguns carregamentos são enviados a São Paulo.

Essa empresa que começou vendendo apenas 100 quilos de tambaqui por mês poderá dobrar a produção até 2022, estimam seus proprietários. Um  caminhão baú com câmara fria para transporte de produtos processados opera desde 2018.

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Vale do Paraíso
Área: 965,3 mil Km²
População: 8,2 mil habitantes. Distante 360 quilômetros da Capital.
IDH: 0,627 (médio)
PIB: R$ 98,9 milhões. Per capita: R$ 10,9 mil


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Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Daiane Mendonça
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Agricultura, Agropecuária, Infraestrutura, Legislação, Meio Ambiente, Regularização Fundiária, Rondônia, Saneamento, Saúde, Serviço, Servidores, Sociedade


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