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25/04/2024

OUTUBRO ROSA

Vida saudável e exames periódicos continuam sendo métodos mais eficazes na prevenção ao câncer, alerta especialista da POC

30 de outubro de 2017 | Governo do Estado de Rondônia

Ter uma vida saudável, que inclui não fumar e nem consumir álcool em excesso, alimentação adequada, prática de exercícios físicos, evitar exposição prolongada ao sol, atenção com o peso e a realização de exames periódicos, continua sendo a melhor forma de prevenção a todos os tipos de cânceres. Quanto ao de mama, que mexe com a vaidade das mulheres e que muitas vezes é ignorado pelos homens, apesar de também serem acometidos pela doença, embora em menor proporção que as mulheres, a atenção inclui a realização de mamografia para rastreamento precoce uma vez por ano, dos 40 aos 69 anos, conforme preconizam a sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

Mastologista e oncoplasta Luiz Nogueira alerta não só as mulheres, mas também os homens, para a prevenção

De acordo com o mastologista e oncoplasta Luiz Nogueira, que atende a cerca de 200 pacientes por mês, entre particular e pelo Sistema Único de Saúde (SUS), uma média de 30% das pacientes apresenta câncer. No caso da Policlínica Oswaldo Cruz (POC) em Porto Velho, onde são atendidas entre 60 a 70 mulheres, ele informou que 80% são do interior do estado, o que acaba dificultando o atendimento que requer exames complementares, como a mamografia e a biópsia, que até na capital o acesso é deficitário devido à demanda. Ele aproveitou para orientar as clínicas radiológicas que fazem a mamografia e ultrassonografia para que encaminhem ao médico não apenas o diagnóstico, mas também as imagens (filme ou película).

No caso do câncer da mama, que é foco da campanha Outubro Rosa, Nogueira explicou que se trata de um tratamento complexo, onde se busca a prevenção do órgão primeiro com a adoção de quimioterapia ou radioterapia, pois quando diagnosticado precocemente o câncer apresenta cura acima de 90% definitiva. Quando se trata de procedimento cirúrgico, isso envolve não apenas a retirada, mas também a reconstrução da mama com uma prótese, além dos demais procedimentos pós-operatório (quimioterapia ou radioterapia), o que acaba encarecendo o tratamento, quando não se consegue pelo SUS.

Outra forma de evitar a doença em todas as suas formas, considerada o mal do século e que deve afetar 60 mil pessoas no País neste ano, conforme o Instituto Nacional de Câncer (Inca), é a quimioprevenção, não custeada pelo SUS. Ocorre com o uso de agentes químicos naturais ou sintéticos para reverter, suprimir ou prevenir a progressão carcinogênica para carcinoma invasor. Além disso, existe a mastectomia dupla preventiva, que consiste na remoção dos dois seios para diminuir o risco de desenvolver o câncer. Há alguns anos este procedimento foi feito pela atriz Angelina Jolie após um teste genético indicar que ela carrega um gene defeituoso, aumentando suas chances de ter câncer de mama e de ovário. Nogueira explicou que esse teste é realizado com base no histórico familiar. No caso de Angelina, a mãe dela faleceu aos 56 anos após uma década de luta pela cura. Além desse e dos fatores externos, o câncer também pode ser hereditário. “O familiar é quando todos da família têm a doença e o hereditário é quando o avô ou bisavô teve, não ocorre em uma sequência”, definiu.

Ainda segundo o mastologista, após diagnosticado o câncer, a paciente atendida na POC é operada no centro cirúrgico do Hospital de Base Ary Pinheiro, gratuitamente, enquanto em um hospital particular custa em torno de R$ 10 a R$ 15 mil.

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Fonte
Texto: Veronilda Lima
Fotos: Ésio Mendes e Daiane Mendonça
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Governo, Rondônia, Saúde


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